Esse foi o último feito e o menos merecido, mas é que sair sem deixar restos não vai bem, nesse caso. De tanto me tirar já não tenho mais quase nada a proferir, no enorme esforço lhe digo que seja feliz, mesmo sabendo que sua felicidade nunca poderá se igualar a que eu tinha pra te dar. Já fui triste hoje sou poeta, hoje escrevo com vida, sem pensar mais na sua e sim na que me aguarda em casa na poltrona, a que me abraça e diz que me ama, a que me enche, me transborda; transbordado sou eu.
Feridas saradas, mágoas passadas. Você o túmulo mal amado. Agora usarei todas as cores, até as cores estavam morrendo em mim, e o que seria de mim sem a gota do mundo?
Bastou uma tentativa, um esforço, pra ver que eu não preciso da sua falsa companhia; quero mesmo que continue recebendo essa paixão vagabunda, semi-falsa, como se não tivesse dentes e mesmo assim tentasse morder o abraço.
Antes só podia olhar vocês sorrirem apaixonados, hoje eu sorrio apaixonado junto com vocês. Eu a mim, eu a nós, e vocês a pouca reciprocidade, muito bem recepcionados.
A cirurgia foi feita em mim e estou sarado, não restaram às marcas muito menos os pontos, largando por todos os poros que estamos completos de carinho e vazios de passado
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