sábado, 28 de março de 2009

Saudade

Ontem tomei um conhaque, e assim como o bom boêmio, fiquei inspirado como o diabo. É começo de ano. É como se fosse preciso prestar contas comigo mesmo antes de seguir adiante. Dou outro gole e, além de ficar meio bêbado, sinto saudade.
Chego em casa, olho pela janela e vejo a chuva. Me senti nesse cenário: eu, uma cabana no meio da mata e o vento entre às árvores. Não há telefone, não há televisão e o celular, em vão, procura aquilo que a tela chama de sinal.
Estou sozinho, pequeno, e sinto saudade.
Entre as palavras que conheço, não há nenhuma que me entristeça mais do que “saudade”. Por isso, talvez, não há língua no estrangeiro capaz da perfeita tradução. Penso em saudade e vem ausência, casais separados por quilômetros, a falta que faz aquilo que não está mais ao nosso alcance. A saudade é uma arte, e ficar só amplifica esse sentimento.
Nessa hora, ou a gente chora, ou fazemos o que eu faço, tomo outras e apago.

Vai saber

Esse foi o último feito e o menos merecido, mas é que sair sem deixar restos não vai bem, nesse caso. De tanto me tirar já não tenho mais quase nada a proferir, no enorme esforço lhe digo que seja feliz, mesmo sabendo que sua felicidade nunca poderá se igualar a que eu tinha pra te dar. Já fui triste hoje sou poeta, hoje escrevo com vida, sem pensar mais na sua e sim na que me aguarda em casa na poltrona, a que me abraça e diz que me ama, a que me enche, me transborda; transbordado sou eu.
Feridas saradas, mágoas passadas. Você o túmulo mal amado. Agora usarei todas as cores, até as cores estavam morrendo em mim, e o que seria de mim sem a gota do mundo?
Bastou uma tentativa, um esforço, pra ver que eu não preciso da sua falsa companhia; quero mesmo que continue recebendo essa paixão vagabunda, semi-falsa, como se não tivesse dentes e mesmo assim tentasse morder o abraço.
Antes só podia olhar vocês sorrirem apaixonados, hoje eu sorrio apaixonado junto com vocês. Eu a mim, eu a nós, e vocês a pouca reciprocidade, muito bem recepcionados.
A cirurgia foi feita em mim e estou sarado, não restaram às marcas muito menos os pontos, largando por todos os poros que estamos completos de carinho e vazios de passado

sábado, 14 de março de 2009

Problemática

Ah! Não queria voltar atrás.
Eu que sempre fui de seguir em frente, porque iria querer voltar?
Um aperto tão grande está aqui dentro de mim, faz com que ele saia.
Eu preciso de ajuda, da sua ajuda.
Será que poderia me entender? que o amor não existe sem você.
Ver se me entede, não se trata de ingenualidade, mas de confiança,.
Não consegue ver que te amo? me diz, me diz se me ama.
Não me engana, saí e estampa a verdade.
O problema sou eu mesmo? e como não o vejo?
Me mostra o problema, me ajuda a resolver.
Sabe de que se trata? do amor que sinto por você.


Te amo.