Ontem tomei um conhaque, e assim como o bom boêmio, fiquei inspirado como o diabo. É começo de ano. É como se fosse preciso prestar contas comigo mesmo antes de seguir adiante. Dou outro gole e, além de ficar meio bêbado, sinto saudade.
Chego em casa, olho pela janela e vejo a chuva. Me senti nesse cenário: eu, uma cabana no meio da mata e o vento entre às árvores. Não há telefone, não há televisão e o celular, em vão, procura aquilo que a tela chama de sinal.
Estou sozinho, pequeno, e sinto saudade.
Entre as palavras que conheço, não há nenhuma que me entristeça mais do que “saudade”. Por isso, talvez, não há língua no estrangeiro capaz da perfeita tradução. Penso em saudade e vem ausência, casais separados por quilômetros, a falta que faz aquilo que não está mais ao nosso alcance. A saudade é uma arte, e ficar só amplifica esse sentimento.
Nessa hora, ou a gente chora, ou fazemos o que eu faço, tomo outras e apago.
Um comentário:
Olá Izita! Seu blog é lindo demais! Eu também adoro roxo! No meu blog tem um selinho Violeta, eu gostaria que vc pegasse ele e publicasse no teu blog! Pois combina mais com teu blog do que qualquer um outro que ja indiquei! beijos!
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